segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Silly Caucasian girl likes to play with Samurai swords. (Tarantino, parte II)

Continuando a sequência de posts sobre o Tarantino, aí vão mais alguns de seus filmes. :)

Kill Bill I (2003)




Esse talvez seja o filme mais audacioso da carreira do Tarantino. Em duas partes, ele nos mostra um mulher em busca de vingança, após ser brutalmente agredida e ter ficado 4 anos em coma.
Mais uma vez, ele trabalhou com sua musa Uma Thurman. E sinceramente, eu não consigo imaginar outra atriz para esse papel senão ela! 
E como sempre, Tarantino nos mostra seu amor pelo cinema, com cenas que remetem aos grandes clássicos do western. Outra clara influência são os filmes sobre a máfia japonesa. Em determinada parte do filme, há uma animação para contar a vida de certa personagem. Impossível não lembrar dos animes.
A melhor cena do filme é sem dúvidas aquela em que Thurman luta sozinha contra os "88 Loucos". 


Kill Bill 2 (2004)




No ano seguinte, Tarantino nos trouxe a segunda parte do filme.
Muita gente adora falar que ele costuma copiar os grandes clássicos do cinema. Não vejo como cópia, mas sim como inspiração. E também como uma forma de homenagem. Nos dias de hoje não vemos nada além de remakes e adaptações de livros best sellers nas telas. Prefiro mil vezes uma "cópia" do Tarantino do que um remake dos vampiros suecos, por exemplo.
Polêmicas deixadas de lado, esse filme tem um dos melhores desfechos que eu já vi na vida. De você olhar estarrecido para a tela e pensar "Mas como isso pode ter acontecido?".
Triste saber que esse foi um dos últimos filmes de David Carradine, que morreu de uma forma bastante bizarra. RIP. :(


Dizem que uma terceira parte do filme virá em 2014. Não costumo gostar de sequências, mas Tarantino tem tudo para não nos decepcionar.
E aqui está uma das influências dele. :)




Sin City (2005) - diretor convidado




Em 2005, ele foi convidado a dirigir uma cena em Sin City, com Clive Owen e Benicio del Toro.
Não conheço muito dos quadrinhos, mas gostei bastante da versão cinematográfica. Meus amigos fãs de quadrinhos (não-xiitas) gostaram bastante também.
Ótimos atores, ótimos diretores. :)

CSI - The Grave Danger (2005)




Durante vários anos CSI foi minha série preferida. Talvez ainda seja, mas eu parei de assistir quando William Petersen saiu. Claro que Laurence Fishburne é um ótimo ator, mas CSI = Gil Grissom. Sem ele, não tem graça. 
Mas voltando à série...ela sempre foi minha preferida e eu esperava ansiosamente por toda quarta-feira para ver um episódio inédito. Eis que anunciam um especial de duas horas dirigido por Tarantino.
Só posso dizer que passei duas horas no presa ao sofá, com os olhos grudados na televisão. Sem dúvida alguma, foi o melhor episódio da série, o mais tenso e o mais brilhante!

Em breve volto com a terceira parte dos posts. :)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Torture you? That's a good idea. I like that. (Tarantino, parte I)

Desde antes de começar esse blog eu já pensava em postar algo sobre o Tarantino.
Minha história com ele começou em 1994 quando assisti Pulp Fiction. Depois desse filme, tudo mudou. Virei fanática por ele, sempre esperando por novos filmes. 
Decidi fazer uma série de posts falando dos filmes que ele dirigiu, (apenas) escreveu, curiosidades e etc. Hoje começo a falar dos que ele dirigiu, em ordem cronológica.

My Best Friend's Birthday (1987)




Primeiro filme independente de Tarantino. Só achei uma versão para baixar, faltam muitas cenas e é tudo meio brega, mas já dava um indicativo de onde o rapaz iria chegar. 
Diz a lenda que o original se perdeu, mas também dizem que Tarantino tem vergonha desse video. Acho que nunca saberemos. 


Cães de Aluguel (1992)




Primeiro Tarantino de "verdade". Elenco de primeira, melhores diálogos e muita, mas muita violência. Mesmo depois de tantos sucessos, esse continua sendo um dos mais geniais da história do cinema. 
O que eu mais curto no Tarantino são os diálogos. Ele cria situações absurdas, assuntos non sense, mas que se encaixam perfeitamente nos enredos. 
Aqui, a primeira cena é clássica: todos sentados numa mesa, enquanto discutem qual seria a verdadeiro sentido da música Like a Virgin, da Madonna. Sério, não sei expressar o quão genial é!
Esse foi o primeiro dvd que eu comprei. :)
Uma curiosidade é que o Nargaroth usou uma fala desse filme em sua música I Burn for You.
This fucking guy slashes my face, and he cuts my fucking ear off! I'm fucking deformed! FUCK YOU! FUCK YOU! I'M FUCKIN' DYING HERE! I'M FUCKIN' DYING!


Pulp Fiction (1994)




Esse é um clássico absoluto, não só na carreira dele, mas na história do cinema.
Tarantino ficou conhecido por sempre chamar atores que estavam "na geladeira". Aqui foi a vez de John Travolta. E também vemos pela primeira vez sua musa, Uma Thurman, na pele da perfeita Mia Wallace. Mais uma vez, elenco magnífico. 
Pulp Fiction já foi imitado, parodiado e homenageado de diversas formas. Sem contar que ganhou o Oscar de melhor roteiro original. Nada mal para um diretor que estava apenas em seu segundo filme. 
Quando o vi pela primeira vez eu tinha uns 7 ou 8 anos, e duas cenas não saíram da minha cabeça: Samuel L. Jackson recitando a famosa passagem da Bíblia e Thurman com a agulha no coração. 
(The path of the righteous man is beset on all sides by the inequities of the selfish and the tyranny of evil men. Blessed is he who...)
Comecei bem meu vício pelo cinema. :)


Grande Hotel [segmento: O Homem de Hollywood] (1995)




Muita gente não curte esse filme, eu gosto...e gosto de todos os segmentos. Meu preferido nem chega a ser do Tarantino, mas sim do Robert Rodriguez (outro que logo mais vai ganhar uns posts). 
Acho que vale a pena assistí-lo simplesmente pela atuação do Tim Roth que é engraçadíssima. Hoje ele anda bem conhecido por causa do seriado Lie to Me, que eu também adoro. :)


Jackie Brown (1997)




Confesso que esse é o que eu menos curto na carreira dele, mas não deixa de ser um ótimo filme.
Tarantino sempre faz algum tipo de homenagem em seus filmes, e aqui são os blaxploitation dos anos 70.
Como sempre, o elenco é ótimo. Aqui temos o Robert de Niro e o digníssimo Sig Haig, o famoso Capitão Spaulding do Rob Zombie. :)

Bom, esse foi o primeiro post (de muitos!) sobre Tarantino. :)

Let me tell you what 'Like a Virgin' is about. It's all about a girl who digs a guy with a big dick. The entire song. It's a metaphor for big dicks. 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Elogio ao Mau Gosto (Parte VI)

Já se vai algum tempo desde meu último post dessa série. Hoje me lembrei de 3 filmes que estavam faltando aqui: Taxidermia, 7 Dias e Visitor Q.

Mais uma vez digo que já vi todo tipo de filme nessa vida e que poucos conseguem me enojar, mas Taxidermia foi um dos piores. Não que seja ruim, mas algumas cenas realmente embrulham o estômago.


Nele temos 3 gerações diferentes: avô, pai e filho. Um é soldado, o outro ganha a vida em competições do tipo "quem come mais" e o outro trabalha com taxidermia.


O diretor György Palfi conseguiu misturar todos os tipos de escatologias e demências, abusando de closes e barulhos nojentos.
Não é um filme que agrade a todos, mas tem seus méritos e conquista os fãs dos estilo.

Num dos posts anteriores, minha amiga Alana me indicou o filme 7 Dias. Ela sempre me deu dicas ótimas e dessa vez não foi diferente.


Um médico tem sua vida arruinada quando sua filha é estuprada e assassinada. Ele decide então ir atrás do culpado. Seu plano é: mantê-lo numa casa afastada e torturá-lo.


Ele descobre que o assassino esteve envolvido em outros crimes do tipo, e seu plano de tortura acaba chegando até a televisão.
É tenso do começo ao fim, você consegue sentir a dor de um pai em busca de vingança.
Recomendo!
Para fechar, aquele que considero o filme mais insano de toda a história do cinema: Visitor Q.


Takashi Miike é um doente, e isso não é novidade alguma. Mas ele conseguiu se superar. Ele pegou a idéia do Teorema do Pasolini e transformou nisso, o filme mais non sense possível. E isso é um elogio! Apesar de toda a demência e humor negro, eu o adoro. :)


Um pai fazendo sexo com a filha. Uma mãe que apanha do filho. Ela também se prostitui para bancar seu vício em heroína. Ela verte leite pelos seios. O pai faz sexo com um cadáver e fica preso nele. E tudo isso é observado por um estranho que entra na casa.
O que o torna mais demente que todos os outros é que você consegue dar risada de tudo isso citado acima!
Genial...para poucos.


Mais alguma dica de filme para essa série de posts?

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

The only place I get hurt is out there. The world don't give a shit about me.

Há uns dias eu assisti ao filme 13 e me dei conta do quanto amo o Mickey Rourke e de que ele precisava de um post só para ele. :)


Philip Andre Rourke Jr. nasceu em 1952, em Nova York. Assim como o pai, começou a carreira como boxeador, mas duas concussões o fizeram abandonar o esporte. Logo, começou a trabalhar no cinema.

Sua estréia aconteceu em um pequeno papel no filme 1941, de Steven Spilberg. Dois anos mais tarde, em 1981, chamou a atenção por seu papel em Corpos Ardentes.

O sucesso chegou mesmo em 1983, com O Selvagem da Motocicleta.


Já com a carreira consolidada, estrelou 9 1/2 Semanas de Amor, ao lado de Kim Basinger.


No ano seguinte, 1987, estrelou Coração Satânico, ao lado de Robert de Niro.


No mesmo ano, veio o que considero um dos melhores de sua carreira: Barfly.
O roteiro foi escrito por Bukowski, e o próprio chegou a fazer uma ponta. Um fato curioso é que essa experiência o levou a escrever o romance Hollywood
Sem dúvidas, Rourke foi o melhor Chinaski. 


Depois de alguns filmes de gosto meio duvidoso, como Orquídia Selvagem, Rourke retomou sua paixão pelo boxe. Lutou apenas 8 vezes entre 1991 e 1994, obteve 6 vitórias e 2 empates. Apesar do curto tempo, ele adquiriu algumas cicatrizes que deformaram seu rosto. Ele fez algumas cirurgias plásticas, mas seu rosto nem de longe se parece com o de antigamente, quando ele era considerado um dos homens mais bonitos do cinema. 

Em 1994 ele abandonou de vez a carreira do boxe e tentou retornar ao cinema. Fez alguns filmes, mas nenhum de muito destaque. Mas cito seu papel em Spun. Nada de muito destaque, o filme obteve um sucesso tímido, mas é um dos meus preferidos!

Até que em 2005 foi convidado a trabalhar em Sin City. Assim conseguiu uma ótima volta ao cinema.


Eis que em 2008 ele protagonizou O Lutador, que é um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida.
Ele interpreta Randy, um lutador que teve um infarto e precisa se manter afastado dos ringues, por causa da saúde debilitada. Paralelamente, vemos sua relação com sua filha e seu pseudo relacionamento com uma stripper.
Eu poderia dissertar linhas e mais linhas sobre esse filme, mas ele merece ser assistido. Não foi a toa que Rourke ganhou um Globo de Ouro, um Bafta e foi indicado ao Oscar.


Como citei no início do texto, ele também teve um ótimo papel em 13, ao lado de Jason Statham e Sam Riley.


Cito ainda dois filmes recentes que o lançaram a mídia novamente: Os Mercenários e Domino.

Uma carreira conturbada, cheia de altos e baixos, papéis ótimos depois de anos de esquecimento...assim é Mickey Rourke. Um senhor excêntrico, que merece todo o respeito. :)