quarta-feira, 23 de março de 2011

O que você vê?" - "Minha mãe. mas ela parece não enxergar que eu estou lá"

Mais um texto da Jana. :)



Lake mungo (2008) é um filme australiano que passou batido pela maioria dos fãs dos estilos terror/horror/terror psicologico no Brasil.
Eu tive a sorte de seguir um tumblr cujo tema é filmes do naipe (seguido de fotos) e me interessar pela imagem que vi, pois se dependesse dos cinemas brasileiros eu não teria acabado de assisti-lo nesse momento.
Aproveitando então, que essas informações estão "frescas" gostaria de falar sobre ele.
Lake Mungo é um obra de ficção em formato de documentário que nos deixa com a nítida sensação de que tudo ali foi real. Ele toca em um assunto muito discutido na mídia: a existência - ou não - de espíritos.
Alice Palmer é uma menina de 16 anos e com a vida aparentemente normal, esse "aparentemente" que escrevi foi proposital já que no "andar da carruagem" descobrimos que a vida dela não é tão ordinária assim.
Ela e a família vão passar um dia na represa e Alice desaparece. Obviamente é encontrada morta depois e os fatos se desencadeiam a partir daí.
Bem, qualquer coisa que eu disser após isso poderá ser considerado spoiler, e como eu não sou estraga prazeres de ninguém, recomendo que vejam o filme.
O melhor de tudo: sem medo de sustos. Aqueles tipicamente feitos para que você dê um pulo da cadeira e o coração quase saia pela boca.
Lake Mungo não pode ser enquadrado, ao meu ver, nenhuma das classificações que citei acima.
Eu o vi como um drama, apesar do clima super tenso e o formato documentário darem ares de veracidade para quaisquer fotos, vídeos ou pistas contidos.
O que se vê, na maioria do tempo, é o sofrimento de uma família e as mil maneiras que eles arrumam de lidar (ou não) com essa ausência dilacerante e dolorida.
Alice se mostra enfim mais do que poderia em vida.
Seus pais e irmão chegam ao limite com o decorrer do tempo.
Discute-se a veracidade dos fatos, pede-se explicações mas em Lake Mungo o inevitável faz juz ao maior dos medos humanos: a morte.

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