quinta-feira, 31 de março de 2011

They bear all the sins of the earth.

Domingo eu estava lendo sobre o filme The Poughkeepsie Tapes no IMDb e me deparei com essa lista. Adoro listas de filmes: melhores filmes de terror, curiosidades sobre x filme e etc. Essa foi uma das mais legais, visto que traz filmes que eu adoro. Alguns deles eu já cheguei a postar aqui. Seguem links para os mesmos:

Do resto da lista, já vi Calvaire, Audution, O Albergue 1 e 2, Begotten e The Poughkeepsie Tapes (em breve escreverei sobre eles). Os demais devo ver ao longo deste mês e depois volto aqui para escrever a respeito. 


A respeito da lista, apena um comentário: Martyrs tinha que ser o primeiro!
Não me canso de dizer que esse foi o filme mais "pesado" que eu já vi na vida, e diversas pessoas tem essa mesma opinião. É um clássico, mas um daqueles que pretendo nunca mais assistir. Não por ser ruim, mas por ser tão indigesto que se torna impossível assistir sem ficar com uma sensação ruim.
Filme bom é assim, não?

Mais alguma indicação de filme nesta linha que ainda não tenha sido postado no blog?

domingo, 27 de março de 2011

My Best Friend's Birthday

Hoje é aniversário do Quentin Tarantino, então resolvi fazer essa pequena homenagem com algumas fotos interessantes. :)

Com o elenco de Pulp Fiction


Com Brad Pitt.


Com sua eterna musa: Uma Thurman


Com Diane Kruger


Com Danny Trejo e Robert Rodriguez.


Feliz Aniversário, Tarantino. :)


Let me tell you what 'Like a Virgin' is about. It's all about a girl who digs a guy with a big dick. The entire song. It's a metaphor for big dicks. 

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pretty in a casket

Quando você acha que já viu de tudo nessa internet, você encontra o Find a Grave
Como diz o nome, esse site mostra os túmulos de diversos artistas. Separei alguns dos mais interessantes. :)

Theda Bara


Musidora



Maila Nurmi (Vampira)


Bela Lugosi


Boris Karloff


Vincent Price 


Tura Satana

quarta-feira, 23 de março de 2011

O que você vê?" - "Minha mãe. mas ela parece não enxergar que eu estou lá"

Mais um texto da Jana. :)



Lake mungo (2008) é um filme australiano que passou batido pela maioria dos fãs dos estilos terror/horror/terror psicologico no Brasil.
Eu tive a sorte de seguir um tumblr cujo tema é filmes do naipe (seguido de fotos) e me interessar pela imagem que vi, pois se dependesse dos cinemas brasileiros eu não teria acabado de assisti-lo nesse momento.
Aproveitando então, que essas informações estão "frescas" gostaria de falar sobre ele.
Lake Mungo é um obra de ficção em formato de documentário que nos deixa com a nítida sensação de que tudo ali foi real. Ele toca em um assunto muito discutido na mídia: a existência - ou não - de espíritos.
Alice Palmer é uma menina de 16 anos e com a vida aparentemente normal, esse "aparentemente" que escrevi foi proposital já que no "andar da carruagem" descobrimos que a vida dela não é tão ordinária assim.
Ela e a família vão passar um dia na represa e Alice desaparece. Obviamente é encontrada morta depois e os fatos se desencadeiam a partir daí.
Bem, qualquer coisa que eu disser após isso poderá ser considerado spoiler, e como eu não sou estraga prazeres de ninguém, recomendo que vejam o filme.
O melhor de tudo: sem medo de sustos. Aqueles tipicamente feitos para que você dê um pulo da cadeira e o coração quase saia pela boca.
Lake Mungo não pode ser enquadrado, ao meu ver, nenhuma das classificações que citei acima.
Eu o vi como um drama, apesar do clima super tenso e o formato documentário darem ares de veracidade para quaisquer fotos, vídeos ou pistas contidos.
O que se vê, na maioria do tempo, é o sofrimento de uma família e as mil maneiras que eles arrumam de lidar (ou não) com essa ausência dilacerante e dolorida.
Alice se mostra enfim mais do que poderia em vida.
Seus pais e irmão chegam ao limite com o decorrer do tempo.
Discute-se a veracidade dos fatos, pede-se explicações mas em Lake Mungo o inevitável faz juz ao maior dos medos humanos: a morte.

Careful Maggie, your claws are showing

Mais uma grande estrela do cinema se vai. :(





Gata em Teto de Zinco Quente é um dos meus filmes preferidos.

RIP Elizabeth Taylor. :(

terça-feira, 15 de março de 2011

The only person standing in your way is you.

Darren Aronofsky é sem dúvida alguma um dos diretores mais criativos da atualidade. Seus filmes, recheados de simbolismos, nos trazem temas completamente diferentes dos que estamos acostumados a ver.
Com Cisne Negro, seu nome caiu na mídia e muito se falou dele, bem e mal. Resolvi falar um pouco de cada um de seus filmes, que ainda são poucos, mas já demonstram qualidades que muitos diretores ainda buscam.

Seu primeiro filme foi Pi, de 1998.



Um matemático fica paranóico tentando descobrir um certo número que explicaria diversas coisas.
Vi esse filme há muito tempo, me lembro pouco do enredo, mas ficou aquela sensação de claustrofobia. Preciso revê-lo o quanto antes.


Dois anos depois, veio Réquiem para um Sonho.


Com esse filme, Aronofsky caiu de uma vez no gosto do público. Com atores renomados como Jared Leto, Jennifer Connelly e Ellen Bursty (para quem não sabe, ela fez a mãe de Regan em O Exorcista), o diretor nos leva diretamente para o mundo das drogas, quaisquer que sejam elas. 
Trabalhando com cenas rápidas, em closes, Aronofsky novamente nos coloca num cenário claustrofóbico e sem final feliz. Um dos filmes mais desesperançosos que eu já vi. 

Em 2006, veio Fonte da Vida, filme mais "místico" do diretor.


Esse não é o tipo de filme que mais me agrada, mas não deixa de ser bom.

Aqui, os simbolismos de Aronofsky estão mais presentes do que nunca. E o tema da redenção foi mais explorado do que em qualquer outro de seus filmes.
Como sempre, a atuação de Rachel Weisz está perfeita!


Aí veio aquele que talvez seja um dos melhores filmes que eu já vi na minha vida: O Lutador.


Como eu disse aqui, esse filme marcou o retorno triunfal de Mickey Rourke.
Não há um enredo claro, somos convidados a acompanhar o dia a dia de Randy, seus fracassos e sua vontade de voltar para os ringues. 
Os diálogos são ótimos e a atuação de Rourke é uma das mais legais, ela se encaixa perfeitamente com o que o papel exige. 
Perfeição é pouco para descrever.

Chegamos então ao polêmico Cisne Negro


As pessoas resolveram pegar no pé de Aronofsky por causa desse filme. Clichê ou não, é diferente, fugiu do convencional babaca que ronda os filmes atuais.
Li tanta baboseira sobre possíveis referências a incesto, satanismo e outras idiotices do tipo, que chegou a irritar. Aronofsky usa sim muito simbolismo, mas não precisamos ultrapassar os limites do bom senso em nossas interpretações. 
Natalie Portman mereceu e muito esse Oscar de melhor atriz. 

Segundo o IMDb, ele está com dois novos filmes, Machine Man e The Wolverine. Aguardo ansiosamente por ambos. 

I just want to tell you, I'm the one who was supposed to take care of everything. I'm the one who was supposed to make everything okay for everybody. It just didn't work out like that. And I left. I left you. You never did anything wrong. I used to try to forget about you. I used to try to pretend that you didn't exist, but I can't. You're my girl. You're my little girl. And now, I'm an old broken down piece of meat... and I'm alone. And I deserve to be all alone. I just don't want you to hate me. 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Triologia da Era Glacial

Semana passada postei aqui um pequeno texto sobre o Haneke.
Hoje convidei minha amiga Jana para falar da Triologia da Era Glacial. :)


Michael Haneke é um diretor que “caiu no meu colo” quase que literalmente.

Frequento já faz um tempo o fórum Making Off, onde sempre leio/baixo/semeio filmes – digamos – mais difíceis de serem achados. Além de, é claro, ler opiniões de gente que entende muito mais de cinema que eu.
Foi em uma dessas que me deparei com o diretor. Primeiramente com uma crítica de Funny Games (1997) e também pelo lançamento recente de A Fita Branca (2009), que rendeu a Haneke um Oscar de melhor filme estrangeiro.

Filmografia e prêmios à parte, o que mais me chamou atenção foi a Trilogia da Era Glacial (também chamada de Trilogia da Alienação). São três filmes que tratam basicamente da incomunicabilidade que mata.
No primeiro, Der Siebente Kontinent (O Sétimo Continente - 1989), o foco é uma família aparentemente centrada e bem formada, mas que em suas bases está doente. Haneke nos coloca dentro da casa dessas pessoas... tomadas longas, evita o foco dos rostos, acabamos por reconhecer as personagens pelas vozes. A cena do jantar é uma espécie de prelúdio do que irá por vir. São pessoas comuns em situações de solidão extrema, prestes a explodirem para o mundo ou implodirem em si mesmas. É catastrófico o quão ordinárias são as pessoas (levando ao lugar-comum da identificação com nós mesmos) e como se dá a decisão de mudar os rumos de uma existência “sem vida”.


Benny’s Video (1992) trata da mesmíssima incomunicabilidade, porém com o uso da violência gratuita. O filme discorre a partir do momento em que Benny vê/grava um vídeo onde um porco é morto por uma arma de pressão. A frieza, a distância, a solidão das personagens principais dos filmes da trilogia leva sempre a situações extremadas e a reações nada comumente humanas.  Benny resolve de uma maneira banal, experimentar a sensação de matar alguém da mesma maneira e, depois de feito, age com uma normalidade que chega a nos assustar.


Por fim, o mais “quebrado” deles (como diz o título), 71 Fragmente einer Chronologie des Zufalls (71 Fragmentos de uma cronologia ao acaso – 1994). São as mortes, seguidas pelo suicídio do autor desses assassinatos tratadas de maneira fragmentada, ou seja, os “pedaços” das histórias das pessoas (ou o que as levaram até o local) acompanhados também dos momentos tensos que levaram o homem a cometer o crime e matar-se em seguida.


Todos os seres humanos retratados são, de alguma forma, solitários e não tem suas necessidades supridas. Não são ouvidos, são “mais um na multidão” e tentam traçar outra rota a partir do choque da morte como meio de “mudança”. Inclusive, em O Sétimo Continente, a forma usada pela família para dar significado para a morte é justamente uma “viagem”, para Austrália.
São filmes com temática doente e que me fizeram pensar nessa solidão patológica em que vivemos hoje. Em todos esses filmes o que se vê (e sente) é justamente a morte banalizada: seja por suicídio, assassinato ou apenas para “ver como é” matar alguém.
Michael Haneke, depois dessa trilogia, virou meu diretor favorito por conseguir traduzir sentimentos diversos que levam ao extremo essa faceta mais obscura e paradoxal do ser humano: a frieza e a dor, somadas.


Obrigada, Jana, pelo ótimo texto!  

terça-feira, 8 de março de 2011

Do you think there's such a thing as evil?

Como eu disse no post anterior, eu tenho um verdadeiro pavor de remakes. Claro que às vezes boas coisas são feitas, como um tipo de homenagem. Mas qual o porquê de fazer um remake de um filme lançado há 2 anos? Só porque ele não é hollywoodiano?

Quem acompanha esse blog (ou meu pessoal) há pelo menos uns 2 meses sabe do meu amor pelo filme Deixa ela Entrar. Dirigido pelo sueco Tomas Alfredson (e baseado no livro de John Ajvide Lindqvist) teve sua estréia em 2008. Menos de um ano depois, foi anunciado seu remake, Deixe-me Entrar


Em minha opinião, esse é o melhor filme de vampiros dos últimos anos. Tudo nele é perfeito, desde as atuações, passando pela trilha sonora, até a fotografia. O clima de inocência misturado com violência extrema  tem todo um charme que seu remake não conseguiu nem de perto alcançar.


Aqui pergunto novamente: para que fazer remake de filme tão recente? 
Deixa ela Entrar foi um enorme sucesso e Hollywood quis embarcar nesse sucesso. E não adianta, filme europeu tem um "clima" diferente que os americanos não conseguem imitar. Seja pela língua, pelos cenários, não sei dizer, mas é diferente. Nem sempre é melhor, mas aqui é.

Já falei desse filme aqui e aqui.

Mas como eu disse no começo do post, alguns casos dão certo. Isso aconteceu com I Spit on Your Grave.


O original foi lançado em 1978 e causou grande comoção no público. Com o título de A Vingança de Jennifer, ele nos conta a história de uma escritora que resolve ir para uma casa isolada para terminar seu livro. Pouco depois, ela é violentada por moradores da cidade e é dada como morta, mas nesse meio tempo ela estava se recuperando e planejando sua vingança. 
Falei rapidamente dele aqui


O remake saiu ano passado com o nome de Doce Vingança. Seu enredo é o mesmo até a parte da vingança propriamente dita. Aqui, as coisas são bem mais violentas e Jennifer é ainda mais doentia. Em tempos de cenas repetitivas e chatas, temos algo realmente violento e que tem sentido de estar ali. Não é apenas um apanhado de cenas violentas para chocar. 
Não direi que é melhor que o original, pois aquele filme marcou uma época, mas esse não fica atrás. Seria ótimo se todos os remakes fossem feitos nesses moldes. 

Mais algum remake que tenha valido a pena? :)

quinta-feira, 3 de março de 2011

He only wants to have a game.

Quando rola alguma conversa sobre cinema, Haneke sempre é citado. Seus filmes são pouco convencionais, marcados por violência e por um intenso mal estar em quem assiste. Não vi todos os seus filmes, mas já vi o suficiente para considerá-lo um dos melhores diretores da atualidade.
Meu primeiro contato com seu trabalho foi em A Professora de Piano, e já comecei bem.  
Sua principal característica seja a falta de um porquê na maioria dos seus filmes. Eles começam, acontecem e o final fica vago. O problema aqui é que começam os mil questionamentos. Na minha opinião, um filme não precisa do roteiro básico do "começo, meio e fim" para ser bom. Um filme não se constitui apenas de um final bem explicado, mas sim de uma trama que fuja do convencional e nos traga algo impactante. Nesse quesito Haneke é mestre.
Escolhi dois filmes dele para falar hoje: Funny Games e Caché

Com Funny Games aconteceu algo que eu desprezo: remake. Mas não foi tão doloroso porque quem fez o remake foi o próprio Haneke. É basicamente a mesma coisa, cena por cena, apenas com atores diferentes.

original 
remake

Dois caras invadem uma casa e começam seus "funny games" com uma família. Muita violência gratuita e tortura. Ambos os filmes são perfeitos. O original tem seu mérito por motivos óbvios. O remake não fica atrás, a escolha de ótimos atores como Tim Roth, Naomi Watts e Michael Pitt fez tudo dar certo. 
O que dizer de um filme que não tem "o por quê"?
Eu adoro, mas para certas pessoas o formato "começo, meio e fim" ainda faz falta. Para mim não, ele é mais do que desnecessário. :)

Com Caché, as coisas seguem basicamente o mesmo rumo.
Uma família começa a receber estranhos vídeos em que a entrada da sua casa é filmada, mas não há movimentação alguma, só o cotidiano básico.


Aos poucos, começam a acontecer coisas estranhas e você se pergunta "que está acontecendo?". O filme termina e você pensa "O que foi que aconteceu?".
Haneke consegue prender sua atenção, te deixar confuso e te deixar pensando no que viu. E você provavelmente não vai chegar a conclusão alguma. :)

Obviamente não é tudo de Haneke que eu curto. A Fita Branca, por exemplo, eu achei bem chato. Logo, postarei mais sobre seus filmes. 

terça-feira, 1 de março de 2011

Movies are my religion and God is my patron (Tarantino, parte V)

Bom, demorei, mas aqui está a última parte do especial Tarantino.
Para finalizar, resolvi postar algumas curiosidades a respeito dele e de sua carreira. 


- Seu nome completo é Quentin Jerome Tarantino.
- Em todos os seus filmes há alguma cena que em 3 ou mais personagens estão apontando armas uns para os outros. 
- Seu nome vem de Quint Asper, personagem de Burt Reynolds, em Gunsmoker.
- Ele já dirigiu diversos episódios de seriados para a TV, incluindo CSI (que postei aqui anteriormente) e ER.
- Foi convidado para dirigir MIB - Homens de Preto e Velocidade Máxima, mas recusou ambos. 
- Teve que adiar as gravações de Kill Bill porque Uma Thurman estava grávida.
- Assim como muitos diretores, ele costuma convidar sempre os mesmos atores para seus filmes. E diz que Uma Thurman é sua musa. Inclusive, em alguma premiação aí, ele tomou champagne usando o sapato dela como "taça". :)
- Fez muitos comentários positivos a respeito de Somewhere, filme mais recente da Sofia Coppola. A crítica o considerou um filme péssimo e disseram que Tarantino tem o costume de "defender" filmes de amigos.



Já vi várias listas de seus filmes preferidos por aí. Escolhi essa mais recente, com seus filmes preferidos de 2010.

1) Toy Story 3
2) A Rede Social (concordo! ainda mais com a trilha sonora do Reznor!)
3) Reino Animal
4) I Am Love
5) Enrolados
6) Bravura Indômita
7) Atração Perigosa
8) Greenberg
9) Cyrus
10) Enter The Void (achei meio enrolado, mas é do Gaspar Noé, tem seu crédito!)
11) Kick-Ass – Quebrando Tudo
12) Encontro Explosivo
13) O Pior Trabalho do Mundo
14) O Lutador
15) O Discurso do Rei
16) Minhas Mães e meu Pai (achei tão bobinho...)
17) Como Treinar seu Dragão
18) Robin Hood
19) Amer
20) Jackass 3D

Tarantino vive fazendo novas listas de seus filmes preferidos. Sempre encontro uma diferente a cada entrevista. Já li que seu slasher preferido é My Bloody Valentine, e que seu filme preferido mesmo é Battle Royale. De qualquer forma, ambos os filmes são perfeitos. Outros sempre estão em suas listas são: Clube da Luta, Audition, O Hospedeiro e Dogville. Homem de ótimo gosto, eu diria. :)


E aqui termino esse mini especial sobre Tarantino. 
Mas antes, um motivo de felicidade: saiu ontem essa reportagem, temos filme novo dele a caminho. :)
Espero que tenham gostado. :)

"When people ask me if I went to film school I tell them, 'no, I went to films.'"